História

Do início, até meados do século XVI, o local onde atualmente se situa a Barra de São Miguel foi habitado pelos índios caetés, sabe-se através de pesquisa, que em 1501, quando Américo Vespúcio esteve no Brasil com a sua primeira expedição, aportou junto à barra do rio São Miguel. Neste período, a região, assim como outras da circunvizinhança já eram habitadas por aqueles nativos.

Faz parte da evolução histórica do município um relato “o ano era 1555, tempo em que partia de Bahia para Portugal a nau nossa senhora da ajuda com diversos tripulantes, contam os historiadores que a nau naufragou nos baixos de dom Rodrigo, atual Coruripe. Alguns dos tripulantes conseguiram chegar até a costa, em terras habitadas pelos caetés, índios dos mais valentes e que praticavam o ritual de antropofagia (ato de se alimentar de carne humana nos rituais sagrados), onde, na oportunidade alguns da tripulação foram capturados e devorados ali mesmo na praia, outros, foram conduzidos até o rio são Miguel, onde, após atravessá-lo foram devorados, entre eles estava o bispo.

Diz-se que o ritual se dera ao pé de um monte, embaixo de um ouricurizeiro. A chacina teve ampla repercussão para a corte portuguesa e a mesma, revoltada com o procedimento dos indígenas da tribo condenou ao extermínio. Os caetés foram perseguidos e dizimados por ordem real, onde poucos sobreviventes e adentraram rumo ao sertão alagoano. Algum tempo depois no local da chacina foi encontrada imagem de santa Ana, o local se transforma em lugar de oração e penitências.

Lá foi construída a igrejinha de Santana, fato que gerou a sua escolha para padroeira do povoado em formação. O celebrante da época era frei Ambrósio e o zelador da pequena capela chamava-se Bernardino, por trás do altar tinha um buraco bem profundo, sobre o qual foi colocada uma tábua. Do outro lado encontrava-se nossa senhora Santana, bem no local onde o bispo sardinha havia sido devorado. Com o crescimento do número de peregrino foi construída a nova igreja e a imagem levada pra lá, entretanto, a imagem voltava todos os dias para o seu local de origem.

Algum tempo depois a imagem foi levada para Roma a fim de ser restaurada, assim, outro fato estranho aconteceu, quando o restaurador raspava a imagem, saia sangue dela, o papa resolveu então ficar com a imagem e mandar outra em seu lugar. Com essa história, as pessoas que nascem na barra de são Miguel são chamadas de “papa-bispo”.

Por ter uma localização privilegiada, o local, pouco tempo depois se transformou em um núcleo de pescadores. Em 24 de março de 1891, foi criado o distrito através do decreto estadual de número 100 e a sua emancipação política deus-e através da criação do município em 02 de agosto de 1963, pela lei de número 2.612, sancionada pelo então governador Luiz Cavalcante.

Símbolos Municipais
Brasão
Bandeira
Geografia

Área: 76,612 km²
Altitude: 5 m
Clima: tropical
Fuso horário: UTC−3

Dados Estatísticos
Fonte: IBGE